domingo, 2 de dezembro de 2007

A humildade necessária

Carlos Giovani Delevati Pasini*

giovanipasini@bol.com.br

Um dos defeitos que mais denigre uma pessoa é a soberba. Esta palavra, pouco utilizada, está definida no dicionário como um sinônimo de orgulho, arrogância e altivez.

Todos os seres humanos, incluindo você e eu, já foram difusores de algum tipo de soberba. Basta apenas tentar recordar, buscando a lembrança bem lá no fundo da consciência (já que ela é sincera!). Pensamentos orgulhosos que povoaram a nossa mente, tais como “Sou melhor funcionário que ele...”; ou mesmo “Meu vestido é mais bonito...”; ou ainda “Como ele é burro! Ainda bem que eu estou aqui...”

Não se assuste, somos normais, não há nada maquiavélico nesses e em outros pensamentos relacionados. São apenas frutos da natureza egocentrista que prevalece no caráter do homem, desde a primeira infância.

Não, não se alarme. Porém, fique sempre atento àquela humildade necessária, quando você for tratar com outras pessoas: funcionários, assistentes, empregados, crianças, alunos, chefes, colegas etc.

Seja rigoroso com a sua soberba, fiscalizando a própria arrogância, dominando o falso prazer do sucesso, baseado na derrota dos outros. Lembre-se sempre, do pensamento de Pascal, o qual afirma que “A humildade de um só faz o orgulho de muitos”.

Enfim, a soberba preponderante só irá diminuir quando, com a mais alta lucidez, deixarmos de ser o centro das atenções e passarmos a ocupar o centro da aprendizagem – a maioria das vezes aprendendo, bem mais do que ensinando – até o derradeiro segundo, do último dia de nossas vidas.

*Mestre em Educação

e em Ciências Militares

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